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As aventuras de Lotte Reiniger e Moustapha Alassane
 
Acredito mais na verdade dos contos de fadas do que na verdade dos jornais.
- Lotte Reiniger[1]
 
Eu estava estudando minhas lições uma noite. Enquanto movia a lâmpada, vi as sombras e pensei: “Isso é lindo!” As outras crianças eram meu público. Elas não conheciam o cinema, então vieram ver. Foi assim que tudo começou.
- Moustapha Alassane[2]
 

Lotte Reiniger e Moustapha Alassane conheceram o cinema intuitivamente através do teatro de sombras. Quando crianças, ambos os diretores criaram seus próprios teatros, seus personagens e suas histórias. A alemã Reiniger (1899-1981) recortava silhuetas em papel já na infância, apresentando cenas das peças de Shakespeare com figuras que ela criava. O nigerino Alassane (1942-2015) utilizava bonecos e objetos como celofane para criar o que ele chamou de “sombras chinesas” com a lâmpada de seu pai, cobrando ingressos e alistando outras crianças como assistentes. Eles interpretavam para familiares, amigos e vizinhos, e, quando cresceram, não abandonaram o mundo de fantasias. Muito pelo contrário – mergulharam profundamente nele.
 
Charlotte Reiniger nasceu em Berlim, filha de um executivo de banco, e estudou na primeira escola ao ar livre da Europa. Lá, ela descobriu a arte de Scherenschnitte, ou recortes em papel, e se debruçou no teatro de sombras alemão inspirado fortemente na tradição antiga chinesa de fantoches de silhueta. Quis ser atriz em um determinado momento e projetou seu desejo nas figuras que criou, que desde cedo ganharam destaque por seus movimentos fluidos e suas qualidades extraordinariamente emotivas, mesmo sem rostos visíveis.
 
Posteriormente, Reiniger estudou na escola de teatro do famoso diretor Max Reinhardt e conheceu o ator e cineasta Paul Wegener numa palestra que ele deu sobre as possibilidades do filme de animação. Interessada na capacidade do cinema de ir além de simples atos de teatralização, graças a mestres do fantástico como Georges Méliès, Reiniger começou a colaborar com Wegener, que a convidou para trabalhar nos intertítulos de seu filme O flautista de Hamelin (Der Rattenfänger von Hameln, 1918) e na realização de algumas cenas envolvendo ratos de madeira. Com o sucesso do filme, ela ingressou no Institut für Kulturforschung [Instituto de Pesquisa Cultural], um estúdio experimental de animação. Lá conheceu Bertolt Brecht, além de colaboradores futuros, como o animador Berthold Bartosch e o historiador de arte e cineasta Carl Koch, com quem Reiniger se casou em 1921.
 
Ela encontrou o acolhimento do público já no primeiro filme que dirigiu, uma curta dança amorosa entre silhuetas chamada O enfeite do coração apaixonado (Das Ornament des verliebten Herzens, 1919), que ficou em cartaz por 40 semanas. Aceitou comissões para fazer filmes de propaganda inventivos e charmosos (por exemplo, para a marca Nivea), mas também realizou adaptações de contos clássicos de histórias como Cinderela (Aschenputtel, 1922) e O baú voador (Der fliegende Koffer, 1921), este sendo uma adaptação de uma fábula de Hans Christian Andersen ambientada na China em um passado distante. Os movimentos elegantes dos personagens sobre paisagens desenhadas com delicadeza e simplicidade mais uma vez demostraram a grande inspiração que ela tinha na arte do extremo oriente.
 
Louis Hagen, um banqueiro alemão que conhecia o trabalho de Reiniger, propôs à jovem cineasta a realização de um longa-metragem de animação. Seria um feito inédito para a época e, sem resistir à tentação, Reiniger começou a produção de As aventuras do príncipe Achmed (Die Abenteuer des Prinzen Achmed, 1926), baseado em histórias do livro As mil e uma noites (uma coletânea de contos do século IX que chegou aos leitores europeus através da tradução francesa do árabe feita por Antoine Galland em 1704). Era o início da década de 1920, e a cultura oriental ocupava grande fascinação na imaginação popular da República de Weimar, onde uma identidade alemã estava sendo reconstituída após sofrer os danos da Primeira Guerra Mundial.
 
Reiniger montou uma equipe formada por Carl Koch na direção de fotografia, Alexander Kardan e Walter Türck como assistentes, Berthold Bartosch nos desenhos de plano de fundo e Walter Ruttmann nos efeitos especiais. Por três anos, eles trabalharam em um estúdio na garagem de Hagen, onde montaram uma estrutura para fotografar os gestos das figuras de silhueta, que consistia em um andaime de madeira com dois níveis para as lâminas de vidro, uma para o plano de fundo e outra para a ação. Acima das lâminas, a câmera e, sobre elas, a mesa de luz.
 
Na época, tanto Bartosch como Ruttmann já eram importantes artistas da cena experimental berlinense, o que causou uma certa timidez em Reiniger. Em determinado momento, Ruttmann (que logo deixaria o cinema de animação para o cinema documental) a questionou sobre a relevância para o ano de 1923 de criar uma animação baseada em conto de fadas. Reiniger respondeu: “Nenhuma, e por que deve ter? Estou viva agora, e é o que quero fazer, já que tenho a chance, então naturalmente o farei.”[3]
 
Para Reiniger, o poder da imaginação era o tema mais urgente do momento. As aventuras do príncipe Achmed foi concluído no mesmo período de Fausto (Faust – Eine deutsche Volkssage, 1926), de F. W. Murnau, e Metrópolis (Metropolis, 1927), de Fritz Lang, e, à sua maneira, foi tão épico e inovador quanto essas grandes produções do expressionismo alemão. Porém, levou um tempo para ganhar seu devido reconhecimento. O filme teve sua estreia comercial apenas no ano seguinte, em Paris, onde obteve grande sucesso, assim como em quase toda a Europa. Um de seus admiradores mais apaixonados foi o cineasta francês Jean Renoir, que falou anos depois sobre Reiniger: “Ela nasceu com mãos mágicas”.[4]
 
Reiniger e Koch continuaram a produzir filmes curtos de animação na Alemanha na sua Tricktisch [mesa de truques] até 1933, quando decidiram sair do país devido às restrições impostas pelo Partido Nazista. O casal recebeu a ajuda de Renoir, que lhes deu trabalho em Paris. Koch foi assistente de direção no clássico antibélico francês A grande ilusão (La Grande illusion, 1937) e contribuiu para os roteiros de A regra do jogo (La règle du jeu, 1939) e A marselhesa (La Marseillaise, 1938), este último sendo um filme de época sobre a Revolução Francesa para o qual Reiniger criou uma sequência de teatro de sombras.
 
Em 1939, Renoir e Koch começaram a trabalhar em uma adaptação para o cinema da ópera Tosca (1900), na Itália, porém Renoir teve que abandonar o projeto quando o país entrou em guerra com a França. Koch terminou o filme em 1941 com a assistência de Luchino Visconti, com quem ele e Reiniger moraram até 1944, quando voltaram para a abalada Alemanha para cuidar da mãe adoecida de Reiniger. Eles permaneceram no país até 1949, e depois emigraram definitivamente para a Inglaterra. O negativo original de Príncipe Achmed foi destruído na Batalha de Berlim, em 1945, e diversos trabalhos de Reiniger tiveram que ser deixados na Alemanha.
 
Junto com o casal, emigrou para a Inglaterra um integrante da equipe de produção de As aventuras do príncipe Achmed, Louis Hagen Jr. O filho do banqueiro tinha uma lembrança viva e fantástica das filmagens realizadas em sua casa quando era criança, e isso o levou a embarcar em uma nova aventura, na criação da produtora Primrose Productions na década de 1950, que realizou os mais de 15 filmes ingleses feitos por Reiniger até a morte de Carl Koch, em 1963. Esses filmes incluíram novas versões de alguns dos contos de fadas produzidos na Alemanha e até histórias sobre personagens como Aladim e o Califa com episódios recriados de Príncipe Achmed. Reiniger trabalhou com as mesmas técnicas básicas de animação em silhueta desenvolvidas na década de 1920 e com o prazer de se comunicar com um público infantil. Nas palavras de Hagen Jr., “Lotte tinha facilidade para lidar com crianças, as quais ela nunca menosprezava. Brincava com elas como se fossem iguais. Ela tinha o entusiasmo e a imaginação de uma criança e a crença no bem.”[5]
 
Um dos últimos projetos de Moustapha Alassane foi o desenvolvimento de um software com sua trupe de bichos para ensinar crianças a criarem suas próprias animações. O pioneiro da animação no Níger viveu toda a história do cinema, da lanterna mágica ao digital, e trabalhou até o fim de sua vida inventando novas formas de criar e tornar o cinema acessível para o público. Essa tendência de Alassane levou o cineasta e historiador do cinema africano Paulin Soumanou Vieyra, já na década de 1970, a chamá-lo de “o Méliès africano”.[6]
 
Alassane nasceu em 1942, filho de um rico comerciante Iorubá na então colônia francesa de Benim. Se mudou com sua família em 1953 para a também colônia de Níger, que se tornou um estado autônomo em 1958 e ganhou independência da França em 1960. Na adolescência, Alassane já alistava seus colegas como assistentes na encenação do teatro de sombras, com o qual todos ficavam fascinados. Quando percebeu que um deles estava roubando seus truques para fazer suas próprias performances, Alassane entendeu que tinha de achar outras técnicas. Falou posteriormente que “foi assim que eu pensei em fazer a mesma coisa, porém, em cores”.[7]
 
Ele se formou como engenheiro mecânico e conseguiu um trabalho na ala nigerina do IFAN (Instituto da África Negra), uma entidade governamental para o desenvolvimento científico e cultural presente nos países da ex-África Ocidental Francesa. O espaço era localizado na capital Niamei e coordenado pelo cineasta e antropólogo francês Jean Rouch, que estava trabalhando fazia quase duas décadas no Níger e em países vizinhos, como Gana e Costa do Marfim, onde realizou filmes importantes, como Eu, um negro (Moi, um noir, 1958), que misturavam ficção e documentário ao retratar a realidade interior das vidas locais.
 
Rouch reconheceu e apoiou o talento de Alassane, que em 1962 dirigiu dois filmes em 16 mm, um ano antes da realização do curta-metragem O carroceiro (Borom sarret, 1963), do senegalês Ousmane Sembène, que é geralmente tido como o primeiro filme de ficção da África pós-colonial dirigido por um cineasta nativo. O média-metragem Aouré (1962) narra o desenvolvimento da relação de um jovem casal no vale do rio Níger, do namoro até o início da vida de casados. O curta O anel do Rei Koda (Le Bague du Roi Koda, 1962) recria a lenda do povo Djerma sobre um rei que desafia a lealdade de um casal ao enviar o marido para fora da aldeia com um anel que deve salvaguardar por um ano. Os dois filmes compartilham um estilo híbrido fluido, no qual atores não profissionais desempenham versões de si mesmos para a câmera de Alassane, somado ao calor humano e espírito de generosidade que marcou toda a filmografia do diretor.
 
No mesmo ano de 1962, Alassane conheceu o cineasta quebequense Claude Jutra durante uma visita que ele fez ao IFAN através de Rouch. Jutra tinha codirigido com o animador escocês Norman McLaren o curta-metragem em stop-motion A Chairy Tale (1957), e, após descobrir que Alassane tinha um dom para o desenho além de seus talentos com a câmera, o ajudou a conseguir uma bolsa para estudar com McLaren no Escritório Nacional de Cinema do Canadá.
 
No Canadá, Alassane fez o curta-metragem de animação A morte de Gandji (La Mort du Gandji, 1965), uma singela fábula sobre a jornada de uma aldeia para se livrar de um monstro, que hoje é considerado o primeiro filme de animação realizado por um cineasta da África independente. Ele criou sua animação subsequente durante uma estadia na França, o satírico retrato de uma viagem diplomática do líder de uma república moderna para outra, Boa viagem, Sim (Bon voyage, Sim, 1966). Nos dois filmes, Alassane utilizou sapos como seus protagonistas, que de forma lúdica e engraçada reproduziam movimentos humanos. Ele valorizou esses anfíbios, que apareciam em sua região natal durante apenas uma parte do ano, por seu caráter inofensivo e sua inocência aparente.[8]
 
Após voltar para o Níger, Alassane afirmou sua importância como parte de um grupo de jovens cineastas nigerinos que procuraram usar a arte para gerar reflexão e engajamento do público local, entre eles Djingarey Abdoulaye Maïga, Inoussa Ousseini e Oumarou Ganda.[9] Embora tenha sido o único animador do grupo, Alassane percebeu que o trabalho com animação exigia recursos em demasiado, o que o estimulou a retomar os filmes com atores. Na sátira de média-metragem O retorno de um aventureiro (Le Retour d’um aventurier, 1966), ele escalou Maïga no papel de Jimmy, um jovem africano que passa anos nos Estados Unidos e retorna à sua aldeia com roupas de cowboy de presente para seus amigos. Os membros da gangue, agora com nomes como John Kelly, Cooper Negro e Rainha Christine, incorporam o comportamento violento estereotipado dos filmes de faroeste, em uma brincadeira de teatro que precisa ser apaziguada pelos líderes comunitários do povoado.
 
Maïga também protagonizou Mulheres, carros, vilas, dinheiro (F.V.V.A., 1972), primeiro longa-metragem de Alassane, uma comédia sobre um jovem funcionário de banco em busca da vida fácil. Com a ajuda de um feiticeiro charlatão, ele ganha uma mansão, um carro novo, a segunda esposa e dinheiro “emprestado” do seu local de trabalho. A narrativa se desdobra em meio a cenas documentais da vida social no Níger contemporâneo, que percebe o progresso através da busca por bens materiais. Com o apoio de fundos alemães, Alassane conseguiu fazer seu segundo e último longa-metragem logo em seguida, o belíssimo e lírico Toula ou O gênio das águas (Toula ou Le Génie des eaux, 1973, codirigido com Anna Soehring), inspirado em um conto tradicional local sobre um povoado que vive uma seca implacável e precisa sacrificar a vida de uma jovem da comunidade para acalmar a ira dos deuses. O filme inicia no presente com um controlador de tráfego aéreo que se desloca da área urbana para a rural e encontra um velho sábio que critica a abordagem intervencionista da ciência antes de contar a trágica história.
 
Alassane retomou a animação dentro da estrutura da Universidade de Niamei, onde ele dirigiu o Departamento de Cinema por um total de 15 anos. Samba, o grande (Samba le grand, 1977), um de seus filmes mais celebrados, é um curta-metragem híbrido de desenho e stop-motion baseado em um conto local oral sobre a saga de um valente guerreiro e seu griot companheiro para conquistar o coração de uma rainha infeliz. O primeiro filme de animação africano inteiramente colorido conta com narração de Jean Rouch (com quem Alassane manteve uma relação de amizade até a morte do francês, em 2004) e explora a construção de figuras míticas através de delicados bonecos de tecido.
 
Apesar de prolífico no início de sua carreira cinematográfica, os recursos nacionais disponíveis para Alassane e outros cineastas nigerinos logo diminuíram. Ele se sentiu frustrado não apenas com a falta de fundos para fazer seus filmes, mas também, com a distribuição limitada (e muitas vezes inexistente) no continente africano. Já nos anos 1970, ele criou um cinema ambulante para projetar seus filmes junto a clássicos estrangeiros que amava desde a juventude, entre eles Ben-Hur (1959), Ladrões de bicicleta (Ladri di Biciclette, 1948) e Onde começa o inferno (Rio Bravo, 1959). Viajou com sua caravana por todo o Níger e, na cidade de Tahoua, conheceu sua terceira esposa e decidiu se fixar. Construiu um cinema a céu aberto e um hotel, este último lhe garantiu a independência financeira.
 
Alassane também criou um estúdio em Tahoua onde ensinava para crianças a arte da animação e, ao longo dos anos, guardou materiais como lã e madeira para construir seus personagens. Voltou aos sapos diversas vezes, por exemplo, na brilhante e bem recebida curta de animação stop-motion Kokoa (2001), que apresenta um estilo de luta popular no Níger com animais no lugar de pessoas.
 
O cineasta faleceu em 2015, após ser homenageado no Festival Internacional de Cinema de Roterdã e em outros eventos ao redor do mundo. As retrospectivas se ampliaram nos anos após sua morte, inclusive com restaurações de O retorno de um aventureiro e Samba, o grande que foram realizadas em 2019.[10] Seu acervo ficou aos cuidados de seu filho, Razak Moustapha, que trabalhou com ele em seus últimos projetos. No final de sua vida, Alassane havia realizado em torno de 30 filmes entre animação e live-action, um número que não pode ser dado com precisão devido ao seu perfil de incansável criador.
 
Lotte Reiniger faleceu mais de três décadas antes de Alassane, e fez seu último filme – o breve As quatro estações (Die vier Jahreszeiten, 1980) – sob curiosas circunstâncias.[11] O diretor do Museu de Cinema de Düsseldorf entrou em contato com a então octogenária cineasta, ainda baseada em Londres. Ele negociou com ela a venda de sua mesa de animação para a coleção do museu e, ao perceber a tristeza de Reiniger em reconhecer o fim definitivo de sua carreira, a convidou para participar de uma exposição por 10 dias com a nova aquisição. Reiniger chegou no museu em seu país natal e se deparou com um grande público. Ela se sentou à mesa, bateu palmas e falou: “Certo, vamos trabalhar”.
 
A Sessão Mutual Films de novembro de 2023 é dedicada às memórias dos cineastas Raoul Servais e Terence Davies e da curadora e professora de cinema Bérénice Reynaud.

 
[1] Citado (em inglês) no retrato documental Lotte Reiniger: Homage to the Inventor of the Silhouette Film (1999), dirigido por Katja Raganelli.
 
[2] Citado (em francês) no retrato documental Moustapha Alassane, cinéaste du possible (2008), dirigido por Christian Lelong e Maria Silvia Bazzoli.
 
[3] Citado em um artigo escrito em 2021 por Robert Hanks chamado “The fabulous films of Lotte Reiniger”. Disponível em inglês através do link: The fabulous films of Lotte Reiniger
 
[4] Citado em inglês no presskit de As aventuras do príncipe Achmed preparado pela distribuidora norte-americana Milestone Films, que está disponível para leitura através do link: Milestone Film and the British Film Institute (docx)
 
[5] Encontrado em alemão no site oficial de Primrose Productions e Lotte Reiniger: Lotte Reiniger - Die Filmpionierin und ihre Scherenschnittfilme
 
[6] Citado no estudo importante de Soumanou Vieyra Le Cinéma africain des origins à 1973, publicado originalmente em 1975.
 
[7] Citado no filme Moustapha Alassane, cinéaste du possible.
 
[8] A informação é tirada de um depoimento de Razak Moustapha (filho de Moustapha Alassane) que foi realizado por e-mail em setembro de 2023.
 
[9] Esse primeiro momento do cinema nigerino pós-colonização é bem descrito no artigo: “Moustapha Alassane e o fazer cinematográfico” , de Cristina dos Santos Ferreira. A tese de doutorado da autora brasileira, intitulada Bricolagem e magia das imagens em movimento: o cinema de Moustapha Alassane, pode ser encontrada através do link da UFRN.
 
[10] O texto “Moustapha Alassane, a Retrospective of an Adventurer”, de 2022, sobre a organização de uma retrospectiva norte-americana dos filmes de Alassane que resultou na restauração de Samba, o grande, foi escrito pela curadora e organizadora cultural francesa Amélie Garin-Davet e pode ser encontrado em inglês através do link da Cambridge University Press.
 
[11] Essa história é recontada no filme Lotte Reiniger: Homage to the Inventor of the Silhouette Film.
 

 
Agradecimentos da sessão: Amélie Garin-Davet, Bianca Bueno, Bill Brand, Christel Strobel/Primrose Productions, Cristina dos Santos Ferreira, Dani Patarra, Dennis Doros/Milestone Films, Éric Seguin/Office National du Film du Canadá, Giliane Ingratta Góes, Lino Bademsoy, Lorenz Hasler, Ina Schimetschka + Markus Wesselowski/Deutsches Filminstitut & Filmmuseum, Nathalie Tric + Thomas Sparfel/Cinemateca da Embaixada da França no Brasil, Razak Moustapha
 

SINOPSES DOS PROGRAMAS
 
“No reino dos sapos”
 
“As aventuras do príncipe Achmed”

 

TEXTOS
 
“Se existe um segredo…”
 
“Tesouras fazem filmes”

 

AGENDA
 
No reino dos sapos

IMS Paulista, 22/11/2023, quarta, 18h15
Sessão apresentada por Aaron Cutler e Mariana Shellard
 
As aventuras do príncipe Achmed
IMS Paulista, 22/11/2023, quarta, 20h
Sessão apresentada por Fábio Yamaji
 
Reprises
As aventuras do príncipe Achmed
IMS Paulista, 29/11/2023, quarta, 18h30
No reino dos sapos
IMS Paulista, 30/11/2023, quinta, 18h
 
Minibio do convidado:
Fábio Yamaji é um diretor, fotógrafo e montador. Realizou perto de 300 trabalhos audiovisuais. Dirigiu os curtas O divino, De repente (2009), Pontos de vista (2015) e Peñarol x Palmeiras: a batalha dos campeões do século (2017), além de 20 vídeos experimentais. Também animou, para outros diretores, 14 curtas e um longa (Bob Cuspe – Nós não gostamos de gente, 2021). Teve seis trabalhos em competição no Festival de Animação de Annecy e foi premiado três vezes no Anima Mundi. Professor de animação na pós-graduação da Anhembi Morumbi, no Istituto Europeo di Design e na Escola Carlitos. Escreveu livros didáticos sobre animação para a Lego Education e publicou críticas e ensaios nos livros Animação brasileira: 100 filmes essenciais (Letramento), Cinema fantástico brasileiro: 100 filmes essenciais (Letramento) e Tim Burton Tim Burton Tim Burton (Estronho). Cofundou a Associação Brasileira de Cinema de Animação (ABCA) e o site de críticas Cinequanon. Faz arte urbana com origamis.
 

Web site IMS - Sessão Mutual Films - Informações e ingressos
MUTUAL FILMS